Só com os contornos nocturnos , as almas se elevam
Sua existência efémera denuda-se
Tal os corpos de dois amantes
Prazeres tragados a altos solavancos
Pernas alongadas por entre espaços
A solidão do prazer enclausurado
Amor, que não é sentimento mas antes
Flagelo da alma ressentida , corre
Tremulamente nas luzes da periferia
Altos solavancos que irá amanhecer em breve
Perpetua-me o ardor dos lábios
Oferecendo-me flores de êxtase .