2.10.13

Nocturno




Só com os contornos nocturnos , as almas se elevam
Sua existência efémera
torna-se desnuda
Tal os corpos de dois amantes .

Prazeres tragados a altos solavancos
Pernas alongadas por entre espaços
A solidão do prazer enclausurado .

Amor , que não é sentimento mas antes
Flagelo da alma ressentida , corre
Tremulante nas luzes da periferia .

Altos solavancos que irá amanhecer em breve
Perpetua-me o ardor dos lábios
Oferecendo-me flores de êxtase .

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