um vácuo no meu cerne . A vontade sempre infinita de
preencher a mente de conceitos póstumos , raciocínios negar o ócio genético humano .
Durmo , como , escrevo
- palavras destemidas sob a luz
lunar .
Respiro , leio , absorvo
- paisagens momentâneas de
transeuntes .
Alguém me rasga o cérebro e o espreme para beber com
sofreguidão . Adormeço na vã tentativa
de abrir as pálpebras e achar a Vida .
Tacteio as ruas desta cidade onde nunca encontrei o amor .
Procuro achar-lhe um novo espírito diário no quotidiano ( a bela utopia para os
refrescantes almas ) .
Apenas as crianças vêm o mundo sorrir com pedras nas suas
mãos . Correm sobre elegantes jardins , sorrindo á vida que eternamente os
aguarda .
Como é bom ser criança e respirar todas as certezas de uma
só vez !
Mas um dia há um tiroteio .
A cidade acorda sobressaltada e correm para a rua desvairados .
Morrem sem sentido na calçada
Outras lambuzem-se no sangue quente .
O charco negro se inicia – (semivida ? )
Átomos e seus empilhamentos entranham-se na madrugada lunar
:
És poeira cósmica
Sangram-te os cabelos no mar
As árvores na sua crosta são a casa
Que desabitas pela tua alma incerta
O teu braço me procura
No teu tiroteio ?
Leio-te melancólica... O que será de nós? Resta-nos lamber as feridas...
RépondreSupprimerés um achado,
RépondreSupprimerbelo, belo, tremido e quente
nunca deixes de suspirar palavras
que sensações-bomba plantas em mim. mas limitas-me ao lânguido tique-taque, neste levitar sobre aquilo que dizes, que não dizes, que foi, que está por ser.
RépondreSupprimerElegi-te (como não podia deixar de ser), para o Prémio Dardos.
RépondreSupprimerVisita este link:
http://alicesalterego.blogspot.pt/2014/02/premio-dardos.html
Um beijo,
Alice.