Toca piano farpado
Inicia-se a corrida do leve vestígio de memória
Breve efémera .
Entre nós
há o abismo da solidão .
Entre nós correm rios de pele áspera .
O castigo de conter um corpo tão
impregnado
De sais emoções desarmamentos
É a melancolia náusea
desconcerto .
Mergulha-se na corrente febril das
palavras e elas acharão por si mesma o túnel.
Que venham puros nomes
Magnetizar constelações
Sistemas , o universo absoluto
Que se abençoem os amantes
Por não existirem palavras
Para os seus soluços
Para
os seus gemidos
Para os seus braços rasgados
Recolhemos-nos um momento
Como breves carapaças á chuva
Ouçamos o silêncio da cidade
moribunda
És um corpo físico
, imenso
Existes e isso basta .
Outros pisaram esta terra de calçada portuguesa
E outros virão na tua alçada
Sejamos agora uma possessão pura
Fruto de um devaneio inútil
Adormece no meu regaço enquanto
Trabalho a atmosfera do pensamento .
Pelas linhas fluem com graciosidade sentimentos, cultura, intelecto, fervor, taciturnidade, genialidade.
RépondreSupprimerParabéns... há vibrações sensoriais nas tuas linhas... e por cá me acomodarei.
e como não te consegui comentar da outra vez, Flávia quase desejo que o teu assombro continue para poder continuar a ler todos estas tuas emoções fantasma, as tuas palavras fazem-me egoísta ao mesmo tempo que me têm a torcer por ti
RépondreSupprimerLer-te. Ler-te, sim, é tão puro quanto o batimento cardíaco de um pássaro. Ler-te é isso e transmite tantas sensações como se as palavras ganhassem voz e se conjurassem em torno de mim, de cores indefinidas. As tuas palavras têm aura. Nunca pares de escrever <3
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