Deambulava ao som do silêncio na maré de chamas . Enquanto
que meu cabelo se arrebatava contra o vento , mergulhei em profundas memórias
tuas .
Pressenti um arrepio no tutano e ouvi , ao de longe , um
velho piano melancólico .
Procurei por as notas que ele exaltava e quis deslizar por
entre elas . Mas agarrei apenas , suas partículas de pó que permaneceram
sustenidas no ar .
Formulei com elas um perfume que me recordava de teu cheiro em dias de
tempestade .
Adormeci com meus pulsos perfumados e ao amanhecer ,
encontrei as notas do piano escritas sobre eles. Ao de longe , ainda pude ouvir
tua voz ressoando nos claustros .
brilhante... sobretudo o último parágrafo
RépondreSupprimeruma voz, doces notas de pianista - que coisa tão bela.
RépondreSupprimeré verdade doce...
RépondreSupprimerestá lindo!
tenho preferido chorá-los que escrevê-los, é verdade - oh, que me perdoes.
RépondreSupprimermas a dor há-de passar, pelo menos assim o espero.
RépondreSupprimeras tuas palavras aqueceram-me a alma, obrigada :')
RépondreSupprimero piano é de tudo um tremer, um cheiro.
RépondreSupprimerbelíssimo..! mergulhamos nas palavras e, por momentos, não queremos regressar à tona.
RépondreSupprimerah... mas um cheiro não tem descrição possível. o piano? é o amor, a melancolia também, a liberdade... toda a dualidade de travo e doce. É o inalar do cheiro, não o cheiro em si. O frio quente que aquenta as veias, o estremecer pela frescura do diferente. Deixar-se contorcer pelo olfacto e fechar os olhos... e relembrar a saudade todos os dias.
RépondreSupprimer