10.6.14



Sangue escorre na pálida planície
Meros pés rústicos de pão e pedra
                  Caminham
Há vibrações no ar
                                 Gélidas
                                                Cortantes no cerne

E  eles que não têm nome
                                                 Nem um corpo que se veja
Quebram a planície que Deus lhes dá .

Conhecem os nomes dos reinados do vácuo
E de quantos corpos é feito um astro .

Existe a náusea cercante das suas cinturas
                                               Com bichos pregados .

Seus cabelos são achatados            pensamentos dispersos .
Decerto beijaram Osíris
Nos seus pulsos perfumados .

Quando se cruzam para a errante última

Seus olhos são âmbar  seus corpos o ar . 

5 commentaires:

  1. apaixono-me por cada linha. questiono-me e sou calada por respostas que nada mais são que novas questões e é assim, lanças-nos ao sedutor abismo da vida e morte, tudo é nada e nada é tudo. mergulhar nos desenhos da tua escrita, sim, por favor.

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  2. obrigada, do fundo do coração <3

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  3. adoro a tua escrita, vou seguir...

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  4. infelizmente, o mais provável é que não volte a publicar lá. uma decisão que me senti forçada a tomar, pois ter o blogue público estava a trazer-me dissabores. em todo o caso, vi que tens o e-mail público e enviei-te um convite. gostaria muito que me continuasses a acompanhar.

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    1. ainda assim não consigo aceder ao teu blog . diz que não tenho qualquer convite ;; uqero muito continuar a acompanhar-te .

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