23.2.14



Sangue escorre na pálida planície
Meros pés rústicos de pão e pedra
                  Caminham
Há vibrações no ar
                                 Gélidas
                                                Cortantes no cerne

E  eles que não têm nome
                                                 Nem um corpo que se veja
Quebram a planície que Deus lhes dá .

Conhecem os nomes dos reinados do vácuo
E de quantos corpos é feito um astro .

Existe a náusea cercante das suas cinturas
                                               Com bichos pregados .

Seus cabelos são achatados            pensamentos dispersos .
Decerto beijaram Osíris
Nos seus pulsos perfumados .

Quando se cruzam para a errante última

Seus olhos são âmbar  seus corpos o ar .

4 commentaires:

  1. Carnificina exangue de reinados sem linhagem.

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  2. flávia, tens um dom. e que dom.
    metamorfoseio-me por entre os espaços das tuas palavras, moldo-me nos seus contornos. assim se cravam elas em mim, assim me agarro eu a elas.

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  3. primeira vez que cá chego e cá voltarei...o rumo que dás neste poema é fantástico!!adoro****

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