5.9.13




Ombros .
Uma sonata como som de fundo e carícias
Amenas e dilaceradoras que vão desde os pulsos aos tornozelos

Nesta noite , com o mesmo alento ,
Ergueremos os mantos carnais
que
Nos tangem para com os nossos dedos
Fundirmos subtilmente as almas .

O doce sopro do espírito te despirá
Para que caminhes ousada
Fazendo com as frágeis mãos
Um bivalve de mensagens

Tal qual as flores que se abrem de manhã
Ao quente Sol  , nossos peitos se abrem

Toco as veias azuladas dos teus braços
Com as minhas mãos adornadas , o amor fluí .

Somos agora uma possessão desenfreada .

6 commentaires:

  1. tão... tão... (in)descritível e real, que quase é palpável através das tuas palavras...

    RépondreSupprimer
  2. belo... parece tão natural, continua...

    RépondreSupprimer
  3. "(...)para com os nossos dedos
    Fundirmos subtilmente as almas"
    adoro como deixas as palavras fluir e como elas vão pintando telas enquanto as lemos. é como que uma cena de quadro com tinta em movimento.

    RépondreSupprimer
  4. escreves duma forma verdadeiramente sublime, grandiosa e que me deixa sempre boquiaberta. nunca deixes de ser rosas tão belas assim, nunca.

    RépondreSupprimer
  5. agradeço o elogio e retribuo-o completamente. bela escrita!

    RépondreSupprimer