14.8.13

tempo , eternos escravos



Pálpebras de pés que se cruzam em frias madrugadas de Inverno .
Toques tépidos , em que se ambiciona a infinidade do tempo.
Sorrisos embriagados pelas doces palavras do desespero .
Os velhos hábitos de rir se vão ,  para se deixarem ofuscar pela beleza de uma cidade escura ou por uma voz ressoante .
                                                                                                  
Cair , mergulhar , flutuar na melancolia .


Futilidade de duas almas unidas pela singular passagem do tempo .                
                                        

       Em que os rasgos de silêncio são os

                                              Únicos sinais da sua passagem .

7 commentaires:

  1. apaixonante.. e o final está de suster o respirar. mais uma vez, digo - apaixonante.

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  2. maravilhoso. deixas-me sempre sem palavras, não apenas por aquilo que escreves, mas por tudo aquilo que sentes. és inverno, querida flávia, e eu adoro ler-te e ser inverno contigo.

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  3. nem sei como isto me falou tanto, das minhas coisas favoritas que leio em tempos, muito obrigada Flávia.

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  4. não houve beijo sequer, sabes? faltou-me coragem. não conseguia fazer-lhe isso. não podia.

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  5. Podia ponderar em deixar que as vozes se anulassem, como tu tão bem dizes, pela inércia de ruído que no fundo elas são, mas ficaria sem quem me responde-se, é preciso uma voz que não nos goste, uma voz de que nos dê vontade de ouvir a nossa música mais alto.
    Continua a descrever os meus suspiros com as tuas palavra é o que te peço Flávia, és um prazer

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