Aperto as palmas das mãos
Na cruz branca da janela
É a tua forma escuraPara lá do vidro ?
Como vêem os que nos perseguem
Com seus vestidos de gala
Ou numa nudez marmórea E gelada – será isso , será ?
Vêm-nos as suas lembranças
Uma mão amadaDepois num gesto automático
Presa e beijada
Foi-se agora para onde
Para que magma fundidoDe ossos e carnes
Num todo Unido ?
Á fria gelada
Virei ter contigo
Nua e ousada
Que os teus dedos finos
Retirem com calma
A carne dos meus ossos
Chegando até á alma . . .Alimentará
Quando as nossas bocas se unirem
Tudo se fundirá .
Nada em ti é frívolo (como escreves no perfil), pois vestes-te com versos e despes-te com prosa. Eu, bom, resta-me quedar fascinado pela polpa substancial que inusitadamente vim encontrar aqui... em ti.
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