30.4.14

.epicentro



Todas as água turvas e peles contaminadas.
Ainda trazem no ventre as montanhas de nevoeiro

Lágrimas de nuvens derramadas.
  Pássaros de mãos gretadas e todos os corpos frios de soror saudade

Só . Definitivamente só .
Trilhos contaminados pelo teu cheiro e habita ainda uma miragem negra ao redor dos arbustos

Ciclos e líquidos coagulados.
Agarro-o  tacteio-o  regressas por fim

Palavras que são desprezo consumado.
Contornos desencontrados de um caís
                        Onde nunca partiu um barco

Verte uma nuvem no epicentro.
Ainda te carrego nas palmas das entrelinhas .



3.4.14

umas palmas e todo um corpo dorido
desejámos apagar o tremor que a noite nos trás
mas desabámos sobre as nossas mentes -