O noctívago corpo esmagado na
pressa da escrita
Reconto os dias enclausurados do
mar
Através de bússolas invisíveis .
É domingo . um domingo doentio .
O frio
tranca-se nas veias da insónia
E escavo
um corpo para que o sangue me preencha .
Não parte nenhum barco mais desta
costa
De flores murchas e mortos surdos
Caís de esperma coagulado do sono
dos deuses
Onde ninguém já mais habita ou
habitou
Dilatam-se as paredes da casa
Pelas marés sucessivas dos dedos
Grito,escrita e uma vida
desordenada .
Conchas abertas ao chamamento do
oceano
E todo um corpo por desidratar .