29.10.13

ardor



Só com os contornos nocturnos , as almas se elevam
Sua existência efémera denuda-se
Tal os corpos de dois amantes

Prazeres tragados a altos solavancos
Pernas alongadas por entre espaços
A solidão do prazer enclausurado

Amor, que não é sentimento mas antes

Flagelo da alma ressentida , corre
Tremulamente nas luzes da periferia

Altos solavancos que irá amanhecer em breve
Perpetua-me o ardor dos lábios

Oferecendo-me flores de êxtase .

20.10.13



Sinto arrepios nos meus dedos , como se eles aguardassem pela tua chegada .
Naquele instante eterno em que dançava-mos á chuva, éramos deuses selvagens.  Devoradores do silêncio e calma, éramos toques e esperanças .   
Na tarde de nossa despedida ,  ofereceste-me um pequeno pássaro azul para que repousasse junto do meu peito . Em cada crepúsculo ouço sua melodia e pergunto-lhe se ainda danças á chuva .                                                                                                                   


2.10.13

Nocturno




Só com os contornos nocturnos , as almas se elevam
Sua existência efémera
torna-se desnuda
Tal os corpos de dois amantes .

Prazeres tragados a altos solavancos
Pernas alongadas por entre espaços
A solidão do prazer enclausurado .

Amor , que não é sentimento mas antes
Flagelo da alma ressentida , corre
Tremulante nas luzes da periferia .

Altos solavancos que irá amanhecer em breve
Perpetua-me o ardor dos lábios
Oferecendo-me flores de êxtase .