19.9.13

Agrestes


Que blindam milagres de histórias infelizes

Para que possamos  , brevemente , sorrir sem devaneios
Não esburacar  mais estradas e eliminar esta regressão que nos pontapeia o estômago .

Restabelecer palmos de contacto , notas empoeiradas na atmosfera
Rochas de masóleos que habitam em teu coração .
Não sorrias

                      Somos almas encovadas pelos agrestes ventos da solidão .

5.9.13




Ombros .
Uma sonata como som de fundo e carícias
Amenas e dilaceradoras que vão desde os pulsos aos tornozelos

Nesta noite , com o mesmo alento ,
Ergueremos os mantos carnais
que
Nos tangem para com os nossos dedos
Fundirmos subtilmente as almas .

O doce sopro do espírito te despirá
Para que caminhes ousada
Fazendo com as frágeis mãos
Um bivalve de mensagens

Tal qual as flores que se abrem de manhã
Ao quente Sol  , nossos peitos se abrem

Toco as veias azuladas dos teus braços
Com as minhas mãos adornadas , o amor fluí .

Somos agora uma possessão desenfreada .