Os contornos dos teus braços refulgiam-se num emaranhado de
cabelos encaixotados . E procuras desatá-los , lento a lento . Formulando
mentalmente breves equações históricas de amor para que um dia as escrevas na
palma da tua mão á chuva .
Entrelaças-me os lábios e afogas-me num abraço destemido .
Persegues-me os contornos enquanto que o fumo se redescobre na tua pele .
Agarro-o , tacteio o seu sabor de vitória para que te trespasse o ventre.
Ele parte , velozmente .
Quebras-me de novo o espelho da alma .